Praia, Surf e... Miúcha!

Não é o suficiente pra te convencer? E se te dissesse que o cenário é Jericoacoara? Opa! Senti que mudou de opinião!

Está meio encima da hora, mas devo informar que de hoje, até o dia 13 de dezembro, Jeri é sede de encontro das artes. É o Jeri Sport Music Festival que, apesar do título nem ser muito atraente pra quem gosta das coisinhas da terra, reúne o artesanato cearense, a gastronomia regional e muita música brasileira.

Hoje, ao pôr-do-sol, música barroca e clássicas canções nordestinas tocadas pelo grupo fortalezense Syntagma compuseram a abertura do festival. Além de inúmeros DJs, e bandas locais, a cantora carioca Miúcha (foto) é destaque na programação. Amanhã (12), quem estiver por Jeri, poderá curtir este ícone da bossa nova com direito a lua cheia, calor da fogueira e brisa do mar.

*Miúcha (Foto Divulgação)

Mas onde entra o surf? Em meio a toda essa atmosfera cultural, também haverá espaço para quem gosta de adrenalina! Cerca de 150 competidores, entre nacionais e internacionais, participam de campeonatos de Windsurf e Kite. Além disso, rodas de capoeira e outras atividade já de praxe para quem vai à Jericoacoara também são destaque no evento.

E agora? Já está convencido?

Para relembrar Radiohead...e conhecer Monoral

Estudando um pouco sobre a banda japonesa Monoral¹, fui consumida por uma sessão nostálgica ao tropeçar em Radiohead², mais especificamente ouvindo Paranoid Android, do disco Ok Computer (1997). É que as duas bandas compõem a trilha sonora de abertura e encerramento, respectivamente, da primeira fase do anime Ergo Proxy (2006). Enquanto o mundo descobria Monoral através do desenho, Radiohead, já aclamado pela crítica, estava sendo resgatado. Mesmo quase uma década depois do lançamento do disco em questão, suas composições não deixam de ser atuais. Ok Computer fez - e faz! - sucesso com letras que tratam da alienação moderna, além da melodia composta por guitarras distorcidas e uma influência eletrônica.

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Monoral estará em Fortaleza no dia 06 de Dezembro, se apresentando no evento Anime Master, que acontecerá na Faculdade Católica Marista Cearense. O som da banda japonesa, cujas músicas são todas em inglês, você mesmo pode conferir e dar sua opinião! Eu aprovei!

¹Monoral - Visions in My Head

²Radiohead - Paranoid Android: http://www.youtube.com/watch?v=m_mMzOQpe0I

Atenção, otakus de plantão!

Enquanto o Sana Fashion não chega, podemos reunir a galera otaku e curtir o Anime Master, que acontecerá nos dias 06 e 07 de Dezembro, na Faculdade Católica Marista Cearense. O evento cresceu e, além de comportar um maior espaço, conta com shows de figurinhas conhecidas, como Monoral (foto), Edu Falaschi e Larissa Tassi.

*Monoral - Foto divulgação

Para quem esperava por um evento desse porte desde o Sana 08, prepare-se para as compras! Vários estandes estarão disponibilizando enorme variedade em produtos da cena pop japonesa. Entre eles, quero destacar a Revista & Cia que esteve na VIII Bienal do Livro com um enorme acervo, tanto de mangás quanto clássicos de revistas em quadrinhos (especialmente da Marvel). Os colecionadores devem ter enlouquecido os vendedores.

*Revista & Cia na VIII Bienal do Livro - Fotos Nely Rosa

Evento: Anime Master
Local: Faculdade Católica Marista Cearense
Av. Duque de Caxias, nº 101 - Centro - Fortaleza/CE
Ingresso: R$7,00 antecipado, R$10,00 no dia
Pontos de venda: Revista & Cia, TENSHI, Livraria Livro Técnico(Benfica e Northing Shopping) e Angel Soul
Site Oficial: http://www.animemaster.com.br/

De quem é a deficiência?

Finalmente assisti ao comercial feito pela minha equipe durante o Laboratório de TV. Trata-se de um anúncio filantrópico em prol da inclusão de deficientes auditivos no mercado de trabalho e no convívio social. A intenção é fazer com que as pessoas ouvintes percebam que a ausência da audição não significa completa limitação. Também é certo observarmos a existência do instinto animal do ser humano que, ao nascer e se perceber com alguma deficiência, cria um tipo de “anticorpo”, aguçando os outros sentidos. Fora isso, vale ressaltar que os surdos possuem uma linguagem própria, o que não deixa de ser diferente da situação de um indivíduo morando em um país estrangeiro desconhecendo a língua. Enfim, espero que gostem.

Créditos

Roteiro e Direção de Cena: Bi Santana

Direção de Fotografia e Iluminação: Michel Krueger

Assistente de Direção: Priscilla Campos

Produção: Liana Muniz

Figurantes: Ramiro Neto e Amanda Cavalcante

Nota: A Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS) é o principal órgão que trabalha à frente das necessidades do grupo em questão, promovendo junto a Associação dos Surdos do Ceará (ASCE), ao Instituto Cearense de Educação dos Surdos (ICES) e a Central de Atendimento ao Surdo (CAS), atividades educacionais, dentre outras, que aproximem o deficiente auditivo da sociedade, fazendo o mesmo com grupos de ouvintes que se interessem em aprender a Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS).

Escolas garantem movimento na Bienal do Livro

Até o dia 21 de novembro, os programas de visitação escolar irão trazer à VIII Bienal Internacional do Livro do Ceará mais de 38 mil alunos. No horário comercial, é isso que garante a movimentação do evento. Além da camisa da Bienal, do transporte e do lanche, as crianças de escola pública recebem um crédito de 5,00 reais a serem gastos nos estandes. Infelizmente, há falta de assiduidade por parte das instituições particulares.

De qualquer forma, é gratificante assistir ao contato das crianças com uma enorme quantidade de livros, e perceber que há, sim, a possibilidade de mudança no quadro de leitura do país. Se o governo fizesse com que a proposta da feira se estendesse, como por exemplo, investindo dinheiro público no auxílio aos escritores e pequenas editoras, o preço dos livros cairia em conseqüência disso. Afinal, dentre as causas dos baixos índices de leitura, o peso no bolso é o que mais assusta o consumidor e, sem o fácil acesso aos livros, não há como cultivar o hábito da leitura. Trata-se de um ciclo vicioso.

*Fotos: Zerosa

Apresentando a Sala de Imprensa

A VIII Bienal do Livro está pegando fogo!

Tratando-se de uma feira cultural, há tempos não via tantas pessoas concentradas no mesmo local. A previsão é que 750 mil pessoas passem pelo Centro de Convenções do Ceará, seja pra conferir palestras, debates, participar das oficinas, assistir aos shows ou, é claro, dar uma olhada nos livros.

Abaixo um pouco da Sala de Imprensa:

Muito além dos releases

Ao meio-dia de hoje, abrem-se as portas da VIII Bienal Internacional do Livro do Ceará. Como faço parte da equipe de Assessoria de Imprensa da Bienal, estarei postando aqui (espero que diariamente!) as novidades do mercado editorial, e tudo acerca das atividades que estarão acontecendo no Centro de Convenções do Ceará e na Universidade de Fortaleza, até o dia 21 de novembro.

Pra começar, além da abertura oficial com direito a discursos do governador Cid Gomes, do secretário da cultura Auto Filho, dentre outros, teremos o show do Teatro Mágico. Com os ingressos esgotados desde os primeiros instantes, o grupo, muito conhecido na "cena cult" de Fortaleza, estará se apresentando às 19h, no auditório principal do Centro de Convenções.

Mais informações: www.bienaldolivro.ce.gov.br

Overdose de Death Note

Melhor que ficar deitada em uma cama quentinha, coberta de mimos, sendo obrigada a me desligar da tomada, é ficar também de bobeira na frente da televisão. Claro que isso só funciona quando estou doente. Sim, eu estava com crise de garganta. Contudo, posso afirmar que se não fosse o desconforto da minha enfermidade, meu final de semana estaria entre os melhores dos últimos tempos. Considero-me sempre uma pessoa bastante agraciada quando tenho acesso a algum tipo de filme (ou série) de qualidade, já que é tão difícil encontrar por aí um roteiro original combinado com uma produção de primeira. O que me consolou em não ter assistido a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, no último domingo (dia 09), foi ter visto os 37 episódios de Death Note. Esse foi o ponto alto do meu fim-de-semana.

Death Note é um dos títulos mais conhecidos da Shonen Jump (revista de mangás voltada para o público masculino), onde foi publicado por pouco mais de 2 anos. Aqui no Brasil, o último dos 12 volumes que totalizam a série, chegou em Junho deste ano. O mangá foi criado por Ohba Tsugumi e ilustrado por Obata Takeshi. Trata-se da história de Yagami Raito, um estudante de ensino médio prestes a ingressar na faculdade com louvor, mas entediado com a vida, até que ele enxerga no meio do nada um caderno caindo na grama, ou melhor dizendo, um convite à “xeretagem”. Ao conferir o conteúdo do caderno, observa a existência de regras de uso, como “O humano que tiver seu nome escrito no Death Note morrerá”, o que chega a ser muito óbvio. Raito hesita em se apossar do Death Note, mas logo conclui (na sua mentalidade arrogante) que ele seria o único indicado a ficar com o caderno. Transgredindo a ordem natural das coisas, o garoto passa então a sentenciar vários criminosos e quem quer que ele julgue ser corrupto e impróprio para compor a sociedade. A partir disso, fica nítido que Ohba criou um personagem de caráter volúvel, insolente e até mesmo ingênuo. Os conflitos diários de um jovem comum se fundem com os de um sociopata. Ao longo da história, surgem inúmeros personagens que viram o jogo, mudam o foco do “mal”, e elegem um novo herói. Exceto pelo título, a história não é nada previsível. Posso até dizer que tinha tudo pra dar errado, já que não é todo autor que consegue manter a linha do enredo ao escrever um roteiro onde o protagonista também é o antagonista. Death Note realmente merece a atenção de quem gosta de uma boa história aliada a uma excelente direção e qualidade quanto à animação. O final não chega a ser inusitado, mas sobre isso serão vocês que irão tirar suas próprias conclusões!

Está aí a dica para o fim-de-semana! E nem precisa ter a desculpa de estar doente para assisti-lo!

Mestiçagem Cultural e Transposição de Mídias...

...São os temas de maior destaque da 8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará, que acontecerá de 12 a 21 de novembro, com toda a programação gratuita. As atividades serão concentradas no Centro de Convenções do Ceará e na Universidade de Fortaleza (UNIFOR), com palestras, mesas-redondas, debates, encontros, oficinas, estandes e apresentações artísticas.

Deixando de lado as informações básicas do evento, a essência da Bienal do Livro, cujo tema central é a Aventura Cultural da Mestiçagem, possui o enfoque lingüístico acerca da cultura ibero-americana. As atividades estarão explorando a diversidade cultural, reconhecendo de cada comunidade seus hábitos, costumes e literatura, dialogando em prol da democratização e da mobilização do acesso universal ao livro, à leitura e à produção literária.

Dentre os inúmeros ambientes da Bienal, sem dúvida alguma, devo destacar aqui a Arena Jovem. É que a proposta dos organizadores desse espaço é tratar da transposição de mídias, ou seja, falar sobre a adaptação de textos literários para filmes, quadrinhos, jogos, etc. Além disso, tanto as atividades, que incluem desde campeonato de jogos de RPG a concurso de fantasias medievais, quanto à infra-estrutura, com rede de computadores ligados à internet, por exemplo, são bastante sugestivas e atraentes ao público juvenil. Vale mesmo à pena conferir!

Mais informações: www.bienaldolivro.ce.gov.br

La revancha del tango

A mistura de estilos musicais tem suprido a necessidade do público que anseia em desviar-se da rotina, mas não abandona as raízes e o que tem como referência. A salada que me delicio hoje é tango eletrônico.

No Brasil, em 2004, o estilo foi introduzido pelo grupo francês Gotan Project. Apesar de ser tema de personagem de novela, a música não se popularizou. A nova tentativa de inserir o neotango vem através da atual telenovela da Rede Globo, A Favorita, que tem como tema de abertura a música Pa’ Baillar da banda Bajofondo. Vamos conferir se essa revanche terá maior repercussão, e se um número maior de pessoas irá aprovar a receita dessa salada.

http://www.youtube.com/watch?v=7qtaFHgL_VI

*Vídeo 01: Gotan Project – La Revancha Del Tango (Ao Vivo)

http://www.youtube.com/watch?v=D9TmiwA16s4

*Vídeo 02: Bajofondo – Pa’ Baillar (Dir. Pablo Casacuberta)

Agradecimentos:

1. A todos que estão lendo e comentando o que venho postando neste blog. Críticas e sugestões são bem-vindas!

2. Ao músico e produtor David Cadeira por ter me apresentado Gotan Project.

Guitar Hero: Você não precisa só ouvir, agora pode também fazer parte da sua banda preferida

Expressão “meio-muito” brega, mas deve ser esse o conceito que os idealizadores da série Guitar Hero tiveram em mente, e com razão. Lançado em 2005, o videogame funciona como um simulador através de um controle em forma de guitarra, onde o aspirante a Jimi Hendrix pode guiar a melodia de acordo com o que já existe programado. Dizem as más línguas que a proposta financeira feita aos músicos é tão boa que a banda Aerosmith lucrou muito mais com o game do que com a venda dos seus discos, e até o Metallica se rendeu aos encantos dos zeros contidos no cheque, provando o sucesso que tem feito a brincadeira.

O Guitar Hero acumula avanços em termos tecnológicos a cada versão lançada. A última novidade é que a velha guitarra abandonada no canto da sala poderá ser ligada diretamente no videogame, aproximando o jogo da realidade. Será que a palavra “talento” perderá o valor? Contudo, vale observar que as bandas de destaque do game são as de muito sucesso há pelo menos duas décadas, o que nos faz lembrar o conceito BisCultural*, de que na música nada mais se cria, tudo se copia – parafraseando Lavoisier e Chacrinha.

De qualquer forma, a complexidade existe e quem joga sente. Alguém aí se arrisca?

*Ler postagem 07 de Outubro

Reinventar é preciso

A ciência já descobriu como transformar os seres antes que estes nasçam. A tecnologia já avançou o suficiente pra saber qual o prazo de validade do invento lançado no mercado ontem. Mentes verdadeiramente criativas estão em extinção, e a arte em geral pede bis. Percebe-se hoje um “re-play” de tudo o que assistimos e ouvimos. Estilos que misturados, ou não, fazem uma salada de tudo o que já conhecemos com direito a injeções de vitaminas de outras frutas e legumes.

No BisCultural a “arte” ultrapassa o óbvio e pode ser detectada em seus diversos níveis nos locais menos esperados. Já que reinventar é preciso, e o que é bom mesmo é pra ser repetido, aqui você encontrará informações sobre tendências culturais recriadas para atingir a expectativa de um mercado cada vez mais diversificado e capaz de absorver informações em múltiplas linguagens.

Sejam bem-vindos!